terça-feira, 8 de outubro de 2013

fast food

Você só vai ver o que precisa ver quando estiver pronto pra isso. Claro que ninguém é substituível, mas prioridades mudam. Você certamente percebe quando a prioridade do outro mudou em relação a sua amizade. Claro que a monotonia é ruim mas a saída da zona de conforto é bem mais incômoda. Mais fácil nos fecharmos em redomas de vidro cercadas de arames farpados nas quais tudo está onde deve estar, todos fazem o que devem fazer e a reciprocidade sempre existe, mesmo que só na nossa imaginação. Ah, onde as coisas estão arrumadas demais a bagunça está entulhada e escondida em algum lugar, algum armário, baú... Só nos damos conta quando abrimos a porta  e vemos que quem bagunçou tudo aquilo, quem entulhou tudo aquilo, fomos nós mesmos. Por a culpa no outro não resolve a situação, a bagunça não se desfaz sozinha.

Mais fácil estarmos com quem concorda conosco. Com quem apenas diz aquilo que queremos ouvir. Ah como é difícil ouvir o outro falar da sua bagunça dizendo que se sua pia está cheia de louça suja, é só você pegar detergente e esponja e limpar. Não não, queremos alguém que diga que aquele infeliz do fulano veio, comeu o bendito bolo que você ofereceu e nem quis lavar a louça, ah, aquele folgado! Melhor nunca mais convidar.
Tudo tem um custo. Oras, ao convidar alguém para jantar ou você gastará dinheiro pagando a conta do restaurante ou terá louça para lavar em sua casa. Não quer gastar, não convide. Mas isso também tem o custo de nunca ter estes momentos prazeirosos. Ok, nem sempre é prazeiroso, mas minha mãe sempre disse que pra dizer se gosto ou não gosto, tenho a obrigação de experimentar. Ás vezes basta trocar o prato. Ou o local. Ou quem cozinha. Ou a maneira de pensar sobre aquilo. Se o pensamento anterior é de que a comida vai ser uma merda, a comida terá de ser espetacularmente deliciosa para admitirmos que estávamos errados.
Me questiono sobre o vai e vem de pessoas tendo recentemente voltado a conversar com alguém que não conversava ha anos por um motivo de que, digamos assim, tentei alertar a pessoa de que aquele prato que ela mais gostava fazia mal a sua saúde. Ganhei um belo coice perdendo um amigo inestimável. Foram anos necessários para que ele percebesse que sua má digestão não era problema de estômago, mas do que ele estava ingerindo e então me dizer que não conseguia perceber isso antes, pois tentava achar outras causas para suas dores.

Então adotei a política do paladar particular de cada um, entendendo que cada um só percebe o que precisa, quando realmente estiver pronto. Não sou sábia e também tentei arranjar milhares de desculpas para má digestões, desculpas sempre alheias a mim. Bom, mas quem escolhe o que comer sou eu, quem escolhe quem convidar sou eu.

Quem escolhe com quem me importar sou eu. Quem escolhe por quem sofrer sou eu. Quem escolhe minhas prioridades sou eu. Se não sei oferecer mais bons pratos a quem convido, devo entender que seu paladar mudou porque provavelmente alguém lhe ofereceu  algo melhor. Não necessariamente  sendo então o mais saudável, mas isso só o tempo e a qualidade da saúde vão contar.



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vontade de jogar tudo pro alto. Sentimento de incapacidade, de não suficiência. Acho que consegui chegar ser atingida em um bom nível na questão sobre a capacidade humana de causar sofrimento. não sou a maior sofredora do mundo, mas posso dizer que perdi boas noites de sono e perdi uma paz que já tive. No lugar dessa paz habita uma dor que cresce e um desejo de apenas não ter mais em vista quem a causou. Não sou mártir. Só que alguns absurdos proferidos ainda reviram meu estômago, fazem doer minha cabeça e escorrem pelo olhos. O pior de tudo é ter a certeza de que não acabou. Não acabou porque conheço. Não acabou porque essa história de fingir que nada aconteceu não existe. Não acabou porque ferida de facada nas costas em sangue que coagula devagar demora pra fechar. Além dos palcos em que o espetáculo aconteceu, conheço muito bem os bastidores.



segunda-feira, 15 de julho de 2013



Após diversos acontecimentos, palavras e pensamentos proferidos, eu, tentando reorganizar as coisas (literalmente, caixas, lixos, roupas velhas, bagunça) percebi não ter mais forças. Se não tenho mais forças físicas, energia para tarefas físicas, quem dirá forças emocionais, força mental. Entrei em um impasse sobre o correto a fazer, sobre o mais sensato. Mantinha o pensamento de que Cristo não me dá um fardo maior do que eu possa carregar e aí me deparei com o fato de que este fardo não é necessariamente o que eu estava pensando ser. As vezes o fardo a se carregar é o do limite próprio, o de admitir que não se consegue abarcar o mundo para tentar fazê-lo funcionar. E isso não é fracasso, muito pelo contrário, é justamente muito difícil de encarar por ser um fardo pesado, um fardo que mexe com orgulho. Por vezes a tarefa mais difícil, a que exige mais e mais de nós é a tarefa de largar. E como é difícil! Seja um amigo, seja um trabalho que se gosta, seja algo que se busca realizar. Ainda mais quando tanto empenho foi colocado e parece que foi jogado no lixo, como se fosse nada.
Quando se estuda a mente humana, suas motivações, seus desejos de destruição, acho que a coisa complica mais. Tempo é necessário. Cada um tem sua forma de lidar. Respeito a dos outros e meu desejo maior é o de que respeitem a minha forma.





segunda-feira, 1 de julho de 2013

Às vezes

Às vezes precisamos que nos procurem voluntariamente, apenas pelo simples fato de nos sentirmos necessários. São momentos casulo, momento em que andamos só apenas para que não deixemos de andar. Você consegue enxergar as prioridades de cada um e sabe que não são as mesmas que as suas. Focos diferentes, rumos diferentes, prioridades paralelas porém distantes.
A maioria das pessoas em momentos de felicidade jamais conseguirão ajudar pessoas em momentos de angústia pelo simples fato de não poderem compreender que o mundo não partilha de sua felicidade. É difícil ter esse dom. E bom, não há nada de errado nisso.

[Só cansei de fazer o papel de quem segura todas as pontas ouvindo todos os lados e tentando enxugar gelo. Não sei ver tanta coisa errada e ainda assim fingir que tudo vai bem. Honestamente, seria mais fácil e menos estressante fazer tudo sozinha] 




sábado, 18 de maio de 2013


Eu estava pensando e hoje eu não quero sentir raiva. Sentir raiva é algo muito ruim. Na realidade eu sinto raiva por sentir raiva. Eu não posso me irritar porque algo que é extremamente importante para mim não é para o outro. Mas vai explicar isso pro coração...ah ele não entende. Não entende porque os discursos são outros. Os discursos que saem da boca das pessoas (ou das mãos, quando digitam) é o politicamente correto. Mas o que fala são as escolhas que a pessoa faz.
Eu escolhi isso. Será que eu tenho o direito de reclamar então? Talvez tenha pelo simples fato de pessoas terem me dito também terem escolhido isso quando na realidade não escolheram.
Ah... que bobinha eu. Acreditei.
Queria esquecer e ser feliz.



Eu estou dando o meu sangue aqui pra fazer o que considero importante. Eu sei o que eu estou fazendo. E vocês? 


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Acho admirável a capacidade das pessoas de não se importarem. Eu queria ser assim.
Infelizmente sou do tipo de pessoa que não consegue deixar de fazer algo pelo qual me comprometi só para ver o circo pegando fogo. Eu faço sozinha. Reclamando milhões, mas faço. E faço bem feito.

Pessoas que te exigem algo. Dizem que precisa ser feito. Então você pensa que pode ser uma boa ideia e cede aos pedidos. Consequencia? Quem exigiu vai continuar exigindo (ah, e como se não bastasse, reclamando porque você não sabe fazer as coisas da maneira que eles consideram certo).

Fico pensando muitas vezes, como será que eu consigo separar tempo para cumprir o que prometi e algumas pessoas dizem que simplesmente não dá?! Tempo a gente não tem, a gente arranja. A gente arranja para aquilo que consideramos importante. Se o seu importante é ir no bar, você arranjará tempo para isso.

Quem se compromete e tem em si o dever de cumprir realmente sofre mais, são dados psicológicos amplamente estudados. Porque se não cumpre sente culpa. É o resultado de uma boa afeitivdade e compromisso desenvolvidos em casa, desde a infância.

Sempre haverão pessoas para exigir e reclamar. Cabe a mim colocar o ponto final. E é exatamente isto queestou colocando em prática. Gostaria apenas de deixar um recadinho, aí, para o mundo:


Por sua atenção, obrigada

domingo, 7 de abril de 2013

Acho que amigos, muito mais do que  a troca de segredos, de confidencias de palavras, devem ter a empatia como alicerce. Se não houver a empatia conjunta com a reciprocidade, não há como continuar.

Me decepcionei de forma grandiosa com pessoas que não tinham passado pela minha mente. Acontece, e infelizmente, vejo que é com todo mundo. Sempre me disseram que são poucas as pessoas com quem podemos contar de verdade e eu não acreditava. Até me deparar com esta realidade.

Gente por quem se fez de tudo, que simplesmente te coloca de lado, como segunda, terceira, ultima opção. E me parece que isso acontece quando você tentou ser o mais sensato possível, o menos crítico e amargurado possível.

Me parece que quanto mais nos esforçamo,s a facada fica maior, quando acontece. Quando você pensa que desta vez fez tudo certo, alguém dá um jeito de dizer que não. Isso não é pessimismo, é decepção. Com gente que se confiou, com gente com quem se contou que haveria compreensão, e houve apenas crítica e acusações. Também não é vitimismo. Estou apenas, por hora, decepcionada, de forma enorme, com pessoas que contei para a vida toda.

Acho que isso é conhecer a vida. Não é necessariamente triste, é apenas real. E bom, deve-se aprender a conviver com isso.

Ah o compromisso... o compromisso.


domingo, 31 de março de 2013

Sabe que eu sinto falta. Acredito que você foi uma das pessoas que mais me ensinou justamente por ter me mostrado o quão idiota eu fui.

Me permito falar com classe das cagadas dos outros porque já fiz as minhas. E tive que aprender com elas. Troquei uma amizade de muito valor por algo que me faria feliz naquele momento, achando que não tinha problema, assim que acabasse as coisas voltariam a ser como eram. E não voltaram.

Sempre me torturo por isso. Não sou coitada, sou vilã. Você mostrou ser muito melhor escolhendo ficar longe, não me aceitando de volta. Às vezes penso que talvez você tenha exagerado, e pode até ser, mas não tiro sua razão. Foi por sua causa que aprendi a nunca colocar em segunda opção quem quer o meu bem. E se não tivesse feito isso comigo, o que seria eu hoje? Você foi e é amiga para todas as horas, mesmo não sendo mais em hora nenhuma (?).


Nossa, fazem muitos anos. Mas não esqueci, é algo que sempre penso. Não sei se hoje nos daríamos bem, e isso nunca vou saber. As vezes a gente estima demais o que perdeu, quando nem seria tão grande coisa. Fantasiei um possível futuro e nele me baseei, mas não significa que seria o que de fato aconteceria. Pelo menos, aprendi. E penso em você com carinho.

Sempre penso naquele trecho "te perdendo eu cresci tanto que eu não sei, se eu quero mais te encontrar". 


sexta-feira, 22 de março de 2013

Vontade de fazer tudo de fazer nada,
de ir, de voltar,
de ficar, de partir,
de discutir, de dar risada,
de curtir, de xingar,
de fazer, de deixar pra depois,
de se livrar, de segurar mais um pouco,
de falar, de ficar quieta,
de ser amorosa, de dar uns tabefes,
de ganhar, de deixar parado,
de refletir, de apenas deixar como está,
de defender, de mandar pro inferno,
de concordar, de mostrar que está errado,
de lutar, de dar bandeira branca,
de fazer as pazes, de lavar a roupa suja,
de gritar, de deitar no colo,
de sair, de ficar em casa,
de desabafar, de guardar pra si,
de perdoar, de falar poucas e boas,
de arrumar, de bagunçar,
de abraçar, de dar porrada.
Raiva do silencio, raiva do barulho.
Vontade de colo, mas vontade de ficar só.

Caros, vos explico a TPM. A minha pelo menos.


domingo, 3 de março de 2013

Peço perdão a Deus por sentir esse medo. Medo exatamente não sei do que, apesar de ter vários motivos, mas é como se ele dominasse qualquer coisa boa que eu possa querer sentir. E eu não deveria ter medo, eu sei, mas não sei evitar. Me invade como se essa fosse a pior situação que poderia acontecer. E não consigo comparar com outras situações quer sejam que eu tenha passado quer sejam que outras pessoas passam. Não diminui meu medo. Não consigo me achar capaz de cumprir essa tarefa. Sei que Ele não me daria um fardo maior do que eu posso carregar, sei que Ele está ao meu lado, sei que tem um propósito pra mim e por isso peço perdão por sentir esse medo que vaza pelos olhos. Tudo o que eu mais desejo é, de forma mais singela e discreta de dizer que tudo acabe, que meu aniversário chegue. Nesta data tudo estará bem, ou perto de bem. Ou completamente ruim.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ah... a ginástica rítmica

Vídeo que eu mais assistia, que me fazia querer continuar a cada dia. A rainha deste esporte.



Minha vida, desde os 8 anos de idade. Era bastante pressão.
Iniciei com minha mãe querendo que eu fizesse algum esporte no tempo livre. Eram só 2 horas/2vezes por semana.
Em pouco tempo fui convidada para pertencer a turma de treinamento, 4 horas/2vezes por semana. Conseguimos outro clube. 4 horas/4 vezes na semana.
Conseguimos uma professora de ballet. 4 horas 5 vezes por semana.
Fui federada. Campeonatos nacionais.
Passei para a liga paulista de G.R. de 4 a 6 horas 5 vezes por semana.
Precisavamos nos aperfeiçoar, aos sábados. 4 a 6 horas 6 a 7 vezes por semana.
Treinamentos com russas, americanas, com todo mundo.

Sem férias. Sem faltas. Sem regalias. Enquanto meus colegas de escola iam ver filmes e dormir a tarde, eu ia treinar. Treinos a tarde no início. Depois, treinos de manhã, escola, e treino de noite.

Choros no banheiro diariamente. Tentativas de desistir frequentes. Mas eu tinha um compromisso a cumprir, campeonatos a participar. Quebrei de tudo um pouco: dedos, pé, cabeça, joelho etc. Sequelas até hoje.

E um dia, ao terminar de competir, sair do quadrado após uma série feita, ver minha amiga sair chorando, prometi que não importava o que eu escolhesse para fazer da vida, eu ia cuidar daquelas meninas que saiam do quadrado tão perdidas quanto cachorro em caminhão de mudança. E fui fazer psicologia. E agora me vejo apaixonada em conversar com as ginastas atuais, frutos indiretos da equipe que começamos, para que não tenham o mesmo estado de sofrimento.

Não foi ruim. Não me lembro disso com pesar ou arrependimento. Aprendi a ser responsável, a ter foco, concentração, a mirar objetivos, a trabalhar em conjunto, a honrar com a minha palavra. Ginástica Rítmica me emociona até hoje, me acelera o coração ver uma menina entrando no quadrado, fazendo lançamentos e recuperando aparelhos. É uma capacidade de empatia, uma alegria, uma tristeza, uma aprendizagem pra vida.

Pensando bem, acho que muita gente precisava passar por isso.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nunca achei que Ele me abandonou. Não me lembro de ter chegado a pensar nisso em qualquer momento da minha vida. E não acho que isso vá acontecer agora. Eu sei que tudo tem um propósito e nem sempre conseguimos/podemos entender. No momento em que recebi a notícia não temi em relação a Ele. Muito pelo contrário, me segurei o mais firme que pude nesta única coisa que pode me garantir que não estou/estamos abandonada/os. Não desprezo aqui meu namorado e amigos, de forma alguma, mas é um tipo de segurança diferente.

Sei que Ele está me carregando no colo agora. Desejaria muito saber o por que, mas que seja feita a Tua vontade. Não quero me mostrar ingrata por todo o resto.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Para tudo que eu preciso descer

Eu moro em São Paulo desde que nasci. Vivo nessa correria maluca desde sempre, nunca soube/entendi o que é morar em uma cidade pequena, um local menos movimentado. Mas eu lembro de quando São Paulo não era tão pirada assim. As lojas de shoppings mal abriam aos domingos, os comercios fechavam em finais de semana e feriados e não existiam estabelecimentos 24 horas, só que eu era bem pequena. Hoje em dia tenho aqui perto de casa pelo menos uns 5 fast foods 24 horas, 3 mercados 24 horas, bares em funcionamento 24 horas, isso em um raio de aproximadamente 3 km. Se for contar além disto nossa, é uma metrópole em funcionamento 24 horas.

Amo SP de todo o meu coração mas estou em momento de saturação. As pessoas não tem folga! Não se respeita a vida em lazer. Lembro de um emprego que tive em que eu cumpria uma cota semanal mas, o que não me contaram no contrato, é que eu deveria estar meio que a disposição 24 horas por dia, já que não era uma das queridinhas da gerente e não podia escolher minhas folgas. Nisto acabei tendo os piores passeios de minha vida, aterrorizada de atender o celular pra ter que de repente por o uniforme e ir trabalhar. Precisava mentir sobre compromissos pra conseguir pegar uma folga, caso contrário era chamada pro serviço 7 dias na semana, as vezes com jornada dupla ou tripla (ficar dois ou três períodos direto). E se fosse escalada pra ir no primeiro período apenas, de certo ficaria os outros dois períodos também lá. Bom, isso deu confusão em casa, claro. Eu não aparecia mais, não ia nos lugares que deveria ir, saia cedo e voltava de madrugada. Os estudos também ó, despencaram. Saí de lá e não me arrependo. Não acho que devo fazer algo que me traga tanto sofrimento apenas por dinheiro. E comecei a me virar pra conseguir grana, deu certo.

Vou pra outros lugares e imagino como deve ser não ter essa loucura instaurada nas paredes da cidade. Nunca vivi fora disso. Quando acordo de madrugada, a depender do momento, consigo saber que horas são sem olhar nos relógios por conta do barulho de empresas próximas, motoqueiros, buzinas ao longe, etc.

Aí vejo o pessoal com revoltinha querendo que o metrô funcione 24 horas pra eles voltarem pra casa da "baladinha". Depois vem reclamar de estresse, que o mundo ta ficando louco, que as coisas não dão trégua. O metrô é um dos transportes mais importantes de SP. Nas horas em que fica fechado é feita a manutenção. Qualquer fissurinha que seja em um trilho os faz trocarem o trilho inteiro, pois o trem pode descarrilhar. Isso precisa ser feito todos os dias! E eles correm pra fazer isso em 3 horas. Imagina se não fizerem! É a mesma coisa do cara que mete o pau no governo por causa das enchentes, mas ele mesmo joga lixo pela janela do carro.


Eu não acho que as coisas tem que funcionar 24 horas por dia. Não acho que algumas coisas não podem esperar. Pra que tanta pressa? Pra fazer antes e entregar antes pra que?
Repito: eu amo São Paulo. Mas não sou obrigada a gostar das pessoas que estão fazendo essa insanidade com esta cidade que está virando um manicomio sem paredes.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

[E la vamos nós de novo, com tudo o que dissemos
e nenhum minuto gasto pra pensar que iríamos nos arrepender
então nós pegamos de volta essas palavras, e seguramos a respiração
Esquecemos as coisas que tinhamos jurado cumprir


E lá vamos nós de novo, com tudo o que fizemos
E agora me pergunto quem eu teria sido pra ser a única ligada a você
Esqueça as coisas que juramos cumprir

Só escrevo pra você pra que você saiba
Que estou bem
Não posso dizer que estou triste de te ver ir
Porque eu não estou, bom, não estou]


Por que um pode e o outro não?


Copio esse texto do meu post pro fica pro bolo

Escrevo porque no momento sinto raiva. Não só de outros mas de mim mesma por sentir essa raiva. Me sinto magoada, traída e de certa forma com raiva. Reparei também que as pessoas que mais pregam que os outros devem perdoar, que não devemos passar por cima, que o orgulho não pode prevalecer são aquelas que estão desesperadas por tirarem a culpa e o peso de si mesmas, pois este incomodo deve estar insuportável: saber que fez algo errado, saber que machucou, saber que ferrou com tudo mas que dessa vez pode ser que não tenha volta. Não digo nunca, porque seria muita certeza sobre o incerto, mas pelo menos em um futuro próximo.


Perdoar não é algo que se faça de imediato. Não entremos aqui em termos e deveres cristãos, pois caso tais coisas fossem fáceis e imediatas não seriam de tão grande menção na própria bíblia. Em um relacionamento, qualquer que seja, medimos sim o tamanho do erro. É diferente seu erro ser não responder a uma mensagem de texto ou contar os segredos mais íntimos do seu grande amigo/namorado por aí. Quando você machuca o outro, seu anseio para que as coisas voltem ao que eram antes do erro é gigante e acha injusto o outro necessitar de tempo ou não compreender de cara seu erro. Oras, em meu pensamento é preferível o tempo do que a raiva contida em ações falsas. No meu caso preciso sempre de tempo, principalmente para não sentir raiva. E conheço os dois lados da história, por isso me sinto no direito de falar sobre isso.


Sempre me surge uma pergunta ao pensar em tal assunto: o que você faria se fosse feito com você o mesmo que você fez com o outro? Ahhhh.... toda reflexão, injustiça, visão da coisa muda dependendo da cadeira em que você senta. Claro que uma situação hipotética não pode ser diretamente comparada a uma situação real, pois  sempre prevemos ações que na realidade, muitas vezes, não praticamos. Muito fácil falar que você perdoaria, quando você é quem quer ser perdoado. Muito fácil falar que os outros devem engolir o orgulho quando o seu está protegido. Muito fácil exigir confiança e a mesma ligação quando a situação beneficiou apenas a você, e pode ter custado ao outro, de quem você exige, muito.




[E por que eu não posso sentir raiva? Por que não tenho esse direito do tempo? Por que sempre ceder? Tenho que perdoar, mas você, tinha que fazer?]




p.s: eu não sei a nova gramática.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Consequencias. É o que nos move, não é? Creio eu que sim, que somos movidos pelas consequencias. Relaciono inclusive com o post anterior, afinal, se uma pessoa constantemente mostra que não estará lá quando prometeu estar, a consequencia é o fim da confiança.

Não consigo definir se estou muito errada ao não conseguir desejar o bem pra esse tipo de gente. Não desejo o mal também. Apenas admiro pessoas que afirmam "se você estiver feliz, por mim tudo bem, espero que seja feliz". Dizem que isto é amar de verdade, é estar maduro. Não concordo. Existe padrão e regras para o amar? Falo aqui do amor em geral, não do amor homem-mulher. Amadurecer: afinal, isso existe ou é só um pretexto pra alguém dizer que queria que você se comportasse de um jeito e você se comportou de outro?

Não sei desejar o bem de quem me fez mal. Na realidade muitas vezes desejo que pisem na merda, que algo não de certo, que batam o dedinho na quina da cama entre uma variedade de outras coisas.

E aí vem as consequencias de novo. Que consequencias terão? O que de um modo geral me incomoda é remoer algo que alguem a quem eu dava importancia me fez, e saber que a pessoa não lembra mais de mim. Ou será que lembra? Em minha concepção não. E como fazer pra não lembrar disso todos os dias? Não desejar que a pessoa entre em uma merda tão grande que lembre do que fez contigo e se arrependa (de verdade)? Não desejar que uma bigorna caia no seu pé, que tenha uma caganeira. Eu gostaria muito de descobrir. Acho que o tempo dá tempo ao tempo. Putz. O problema muda, as situações mudam e a gente vai substituindo esse remoer.

Ah, e também não acredito que alguem consiga desejar de verdade o bem pro outro.

E eu não gostei deste post. Muito mimimi. Foda-se

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O pedestal, ah o pedestal...


Ah o entra e sai na vida. Um entra e sai de compromissos, de tarefas, de metas, de obrigações e claro, de pessoas, amigos, melhores amigos, confidentes para a vida toda. Concordo e procuro manter fixa em meus pensamentos a teoria de que sempre há aquela pessoa com quem sempre teremos afinidade, mesmo sem contato constante, contudo devo admitir que a raridade deste tipo de caso é muito alta.

Não pretendo entrar no drama, vitimizar, lamentar, fazer escorrerem lágrimas. Apenas lavar a roupa suja de mim comigo mesma, de certa forma transformando uma postagem que tem uma mera possibilidade de ser lida por alguém em um bode expiatório, com certo objetivo de tirar pensamentos de mim mesma, porque não me satisfaz um diário ou pensamentos tidos ao ar, não preenchem a lacuna, se é que posso me fazer entender assim.

Não sou de acreditar que uma simples ação de um único acontecimento me permita classificar alguém como bom ou péssimo amigo. Na verdade repudio tal pensamento, pois eu mesma por diversas vezes entro em curto quando deveria fazer algo em alguma situação crítica para algum amigo. E isto não significa que eu não me preocupe, significa que não sabendo o que fazer prefiro ficar quieta em lugar de fazer/falar besteira. Também nunca cobrei isto de ninguém. Acredito que todos passamos por diversas situações cotidianamente e não posso exigir que alguém tenha como tarefa estar ligado em minha vida de pronto a me socorrer a qualquer suspiro (seria insuportável).

Minha opinião é a de que a base de tudo é a confiança. Se a confiança foi quebrada: não rola mais nada. Um contínuo de atitudes em que se mostra a falta de consideração inicialmente podem ser relevadas, mas desgatam tudo com o tempo. Relevei diversas vezes. Não digo também que sou santa, sei que tenho minha parcela de culpa, contudo tenho compromisso no que digo e faço, e isso para mim é um padrão em uma amizade, sem substituição. Se você diz que vai estar lá, esteja. Se não sabe se vai conseguir, não diga. Se estão contando com você pra algo, não seja um filho da puta (não haveria melhor colocação). Fui educada desde pequena a honrar com minha palavra, ou se vejo que não conseguirei, ao menos tenho a decencia de avisar. Mas cada vez mais e mais vejo que isso é coisa tão rara quanto ganhar na loteria.

Tenho um sério problema com essa tal confiança. Quando alguem a quebra eu tenho imensas dificuldades em retomar algum relacionamento com esta pessoa novamente. Na realidade não me vejo errada nisto, apesar de ser imensamente xingada por tal atitude. Acredito que perdoar é uma coisa, mas retomar as coisas ao mesmo lugar é outra completamente diferente. Chego mesmo a ignorar, ser realmente mal educada. Mas prefiro isso a ter atitudes que nao condizem com meus pensamentos a respeito da pessoa. Não sou ferida desta forma facilmente, antes me submeto a todo o tipo de coisa para manter a amizade, até perceber que sou trouxa.

A facilidade com que o outro esquece o que fez também me incomoda. Enquanto você está lutando contra a raiva, lutando contra o que aconteceu, tentando não lembrar, ve que a situação mal passou pela cabeça do outro. Acho que isso incrementa a raiva, de ver o pedestal em que você havia colocado o outro. Quando tiramos o outro do pedestal é que ressaltamos seus defeitos que ali sempre estiveram e não enxergamos.
Exagero, claro, mas quem não o faz?